Presentación de
reflexiones sobre los
procesos de
estructuración territorial
de la ciudad
Presentation of
reflections about
processes of the
territorial structure
in the city
Propostas de recuperação do território
Osaka é a segunda cidade mais importante do Japão. Faz parte da região de Kansai e constitui o núcleo de uma área metropolitana que concentra 18 milhões de habitantes. Localiza-se na ilha de Honshu -a principal do arquipélago japonês- e conta com um dos portos e centros industriais mais importantes do país. Ao mesmo tempo, conforma a área urbana denominada Keihanshin, que engloba esta cidade às
vizinhas Kobe e Tóquio.
A cidade central abriga população de 2,9 milhões de habitantes, em uma área de 222 quilômetros quadrados. No entanto, este número de pessoas aumenta durante o dia, aos 3,7 milhões, o qual confirma sua posição como centro econômico e de
comando da economia japonesa.
O governo local com faculdades de atuação usualmente reservadas ao nível dos governos da província, tais como: a educação pública, assistência social, sistema de saúde, licenças comerciais e de planejamento urbano. O governo da província mantém, no entanto, a sua autoridade em assuntos de maior
escala e escopo.
A cidade de Osaka conta com 1.372 edifícios de grande altura. Entre os que sobressaem por sua arquitetura estão o Umeda Sky, um edifício de escritórios de 40 pavimentos com fachada envidraçada, e o Osaka World Trade Center, edifício modernista de 55 andares, destinado a escritórios comerciais e situado sobre uma ilha artificial construída na baía de Osaka, frente à cidade. Além disso, a cidade ainda concentra
mais uma centena de arranha-céus.
Espera-se que a tendência à densificação de edificações nos distritos da área central prolongue-se dado que o fenômeno de concentração demográfica está operando como contrapartida da diminuição da população dos bairros da periferia metropolitana. Deste modo, produz-se um rejuvenescimento do centro de Osaka frente ao envelhecimento dos subúrbios. Isto se trata das preferências dos grupos de população economicamente ativa que valorizam os atuais polos de atração de vida urbana dos centros.
O programa de Renascimento Urbano das zonas designadas para tal processo de renovação do tecido urbano conta com projetos de usos mistos (onde as unidades habitacionais podem vir acompanhadas com escritórios, casas, comércios e outros equipamentos), uma vez que flexibilizam os indicadores do fator planta – área e promovem a prestação de espaços
públicos livres e abertos nas
áreas centrais.
Dado o contexto de retraimento populacional e econômico da cidade, Osaka iniciou planos para promover e revitalizar a cidade, a fim de atrair investimentos. Desde 2009 desenvolve-se um plano que busca ressaltar os pontos fortes da cidade – a elevada quantidade de indústrias de tecnologia de ponta, o papel central na região de Kansai, o crescimento ativo em indústrias inovadoras na utilização de novas energias e tecnologias, uma rede altamente desenvolvida para a troca de cidade-a-cidade em muitos campos, patrimônio cultural atraente para o turismo, entre outros – o que permite interessar residentes e investidores estrangeiros.
Para isto, aplica-se a Lei Nacional de Renascimento Urbano (projetada para estimular o mercado imobiliário) com o fim de regenerar o território e com isto influir no desenvolvimento de condomínios, incrementando a população residente e transformar o estilo de vida urbano. Concomitantemente, o governo local pretende destruir a lei que exclui o estabelecimento de indústrias na periferia para permitir a instalação de fábricas em áreas da Baía de Osaka e, assim, capturar os benefícios externos de investimento
e localização.
Por último, busca-se uma colaboração estratégica entre indústria – governo – universidade, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento tecnológico. Recentemente o parlamento afirmou a possibilidade de fundir os 24 distritos de Osaka, sete da cidade de Sakai e nove outros municípios no território da Prefeitura de Osaka, em uma única figura semelhante ao da metrópole de Tóquio, o que implicaria em uma nova subdivisão da cidade em províncias internas. Este projeto é conhecido como Plano Osaka Metrópole.
Em Osaka, desde 2003, aplica-se a Lei Nacional de Renascimento Urbano para certos distritos, que põe em prática um processo de reconversão e modernização do tecido edificado. Isto implica em um redesenho do tecido, oferecendo prêmios sobre o fator planta – área (FAR) e a condição de readequar a nova obra às determinadas condições pré-estabelecidas, sendo primordial a liberação de uma parte da área do edifício como espaço público aberto.
Para isto, são estabelecidos esquemas básicos de reconversão da volumetria do tecido edificado com o intuito de obter o domínio privado da cessão para uso público de um espaço aberto à circulação de pedestres. Assim, o eixo da intervenção dos projetos concentra-se em torno aos distritos designados pelo governo municipal e, com maior atenção, o denominado
Bulevar Midöjuri.
Além disso, há agora um projeto emblemático nesse aspecto que envolve a mobilização do Distrito Norte da estação de Osaka: 24 hectares de terra na área de manobra e de cargas ferroviárias localizadas no centro da área metropolitana de Osaka-Kobe-Tóquio, o último prédio de localização privilegiada no coração de Osaka e que espera catalisar um processo de
regeneração urbana na região.
Para este fim, constituiu-se a Comissão de Planejamento e Promoção do Distrito Norte da estação de Osaka, que, depois de um processo de estudo e concurso internacional de ideias, formulou-se através de um Comitê de Planejamento Urbano, o Plano Básico do Distrito Norte, em 2004.
A finalidade do projeto será a construção de um centro urbano que buscará assentar grande parte dos escritórios no distrito de Kita-Umeda com atividades intelectuais e criativas (agrupadas como Capital de Conhecimento) das indústrias mais representativas da região. Para manter a vitalidade e atratividade da proposta, propõe-se solucionar a renovação
constante de funções urbanas.
Outro setor em desenvolvimento em destaque é o do distrito Abeno, para o qual o governo preparou um plano urbano destacando a fusão de equipamentos comerciais e complexos de habitações, junto com a localização de estabelecimentos de saúde sobre a base da cooperação indústria-universidade. Em relação com a regulação do espaço público, em Osaka, destacam-se os Jardins do Castelo, juntamente com numerosos parques e templos, que constituem elementos históricos estruturadores da trama urbana.
Em 1991 a cidade adotou o denominado Plano Ambiental de Osaka que propunha contribuir para a solução dos problemas ambientais da cidade por meio da conscientização dos mesmos e atender os problemas de disposição de resíduo. Além disso, o plano propõe o embelezamento por meio dos espaços verdes e fachadas para cursos de água, de um lado, e a harmonização de infra-estruturai urbana, como estradas, ferrovias, esgotos, ralos, e incineradores,
com o meio ambiente.
Um aspecto relevante deste plano é o re-desenvolvimento das frentes aos cursos d’água ao longo da cidade com o fim de restaurar sua presença original da cidade associada à água. Sob o nome Osaka Metrópole Aquática, o plano promove o transporte fluvial e cria um corredor aquático único, para desenvolver para a atividade turística e como
ponto de encontro.
Com o objetivo de qualificar setores emblemáticos da cidade em consonância com os incentivos do programa de Renascimento Urbano, leva-se adiante a doação de grandes espaços verdes públicos à ilha de Nakanoshima, próxima à área central e situada no Rio Okawa, tomando partido da presença do curso de água.
Busca-se assim potencializar o desenvolvimento urbano do setor com escritórios de alto nível, equipamentos comerciais e culturais e habitações de luxo, equipando-a de hierarquia internacional. O governo também busca atrair visitantes à mesma conformando um programa de percursos de pedestres ao redor da ilha.
A cidade de Osaka repousa fundamentalmente sobre três ícones que representam sua história, a partir dos quais se constitui a cidade: o porto, o castelo e as 872 pontes que cruzam os canais. Estes emblemas nos remetem a outros elementos estruturantes da paisagem urbana: os canais navegáveis e as linhas férreas que atravessam e vinculam todos os
cantos da cidade.
A importância das pontes na formação da paisagem urbana da cidade é tal que muitas das pontes foram construídas com nomes específicos, e as áreas ao redor delas adquiriram tais nomes por referência de translação. O padrão urbano segue o modelo tradicional japonês dos bairros de casas baixas, contidas em um complexo tecido denso, situação que se estende aos subúrbios estruturados ao longo do século XX em torno das estações ferroviárias, cofundadores do núcleo original do venda de terras
ao redor dele.
No entanto, a combinação de baixas taxas de natalidade e da melhoria substancial na expectativa de vida tornou progressivo o envelhecimento e o declínio da população. Se esta situação mantiver-se-se, Osaka-Kobe-Tóquio poderá transformar-se na primeira megalópole do mundo a conhecer o fenômeno do declínio da população, frente ao qual, o grande desafio será começar a planejar cidades que “encolhem”.
© Guillermo Tella & Martín MuñózEm: Tella, Guillermo e Muñóz, Martín. (2013), “Perspectivas sobre Osaka: Propostas de recuperação do território”.
Propuestas de regeneración del territorio
Osaka es la segunda ciudad más importante de Japón. Forma parte de la región de Kansai y constituye el núcleo de un área metropolitana que concentra a 18 millones de habitantes. Está ubicada en la isla de Honshu -la principal del archipiélago japonés- y cuenta con uno de los puertos y centros industriales más importantes del país. Al mismo tiempo, conforma el área urbana denominada Keihanshin, que engloba a esta ciudad y a las vecinas de Kobe y Kioto.
La ciudad central alberga a una población de 2.9 millones de habitantes dentro de una superficie de 222 kilómetros cuadrados. Sin embargo, esta cifra aumenta en horas diurnas a 3.7 millones, lo cual confirma su posición como centro económico y de mando de la economía japonesa.
El gobierno local cuenta con facultades de actuación usualmente reservadas al nivel de gobierno de las prefecturas, como ser: la educación pública, el bienestar social, el sistema sanitario, las licencias de comercio y el planeamiento urbano. El gobierno de la prefectura retiene, no obstante, su autoridad sobre cuestiones de mayor escala y alcance.
La ciudad de Osaka cuenta con 1372 edificios de gran altura, entre los que sobresale por su arquitectura el Umeda Sky, un edificio de oficinas de 40 pisos con fachada vidriada. También se destaca el Osaka World Trade Center, un edificio modernista de 55 pisos destinado a oficinas comerciales, situado sobre una isla artificial construida en la bahía de Osaka frente a la ciudad. En conjunto, la ciudad concentra a más
de un centenar de rascacielos.
Se espera que la tendencia a la densificación edilicia en los distritos del área central se prolonguen dado que el fenómeno de concentración demográfica está operando como contracara de la declinación poblacional de los barrios de la periferia metropolitana. De modo que se produce un rejuvenecimiento del centro de Osaka frente al envejecimiento de los suburbios. Esto habla, además, de las preferencias de los grupos de población económicamente activa que valoran los actuales polos de atracción de vida urbana de los centros.
El programa de Renacimiento Urbano de las zonas designadas para tal proceso de renovacion del tejido urbano cuenta con proyectos de usos mixtos (en los que las unidades habitacionales pueden acompañarse con oficinas, viviendas, tiendas comerciales y otros equipamientos) a la vez que se flexibilizan los indicadores del factor planta-área (FAR) y promueven la dotación de espacio público libre abierto
en las áreas centrales.
Dado el contexto de retraimiento poblacional y económico de la ciudad, Osaka se ha embarcado en planes de promoción y revitalización de la ciudad con el fin de atraer inversiones. Desde 2009 se desarrolla un plan que busca resaltar las fortalezas de la ciudad (elevada cantidad de industrias de avanzada tecnología, rol central en la región de Kansai, crecimiento activo de industrias innovadoras en uso de nuevas energías y tecnologías, una red altamente desarrollada para el intercambio de ciudad-a-ciudad en muchos campos, una herencia cultural atractiva para el turismo, etc.) que le permitan interesar a residentes e
inversores extranjeros.
Para ello se aplica la Ley Nacional de Renacimiento Urbano (diseñada para estimular el mercado inmobiliario) con el fin de regenerar el territorio y con ello influir en el desarrollo de condominios, incrementar la población residente y así transformar el estilo de vida urbana. Concomitantemente, el gobierno local se propone abrogar la ley que excluye la radicación de industrias hacia la periferia para posibilitar que se instalen plantas en sectores de la bahía de Osaka y así captar los beneficios externos de la inversión
y su emplazamiento.
Por último, busca una colaboración estratégica entre industria-gobierno-universidad con el fin de acelerar el desarrollo tecnológico. Recientemente cobró estado parlamentario la posibilidad de fusionar los 24 distritos municipales de Osaka, los siete de la ciudad de Sakai y otras nueve municipalidades en territorio de la prefectura de Osaka, en una única figura semejante a la de la metrópolis de Tokio, lo cual a su vez implicaría la re-subdivisión interna de las ciudades en prefecturas. Este proyecto se conoce como Plan Osaka Metropolis.
En Osaka se aplica desde 2003 la Ley Nacional de Renacimiento Urbano para ciertos distritos, que pone en práctica un proceso de reconversión y modernización del tejido edilicio. Esto implica un rediseño del tejido ofreciendo premios sobre el factor planta-área (FAR) a condición de readecuar la obra nueva a determinadas condiciones pre-establecidas, siendo primordial la liberación de una parte de la superficie del predio como espacio público abierto.
Para ello, se establecen esquemas básicos de reconversión de la volumetría del tejido edilicio con el fin de obtener del dominio privado la cesión para uso público de un espacio abierto a la circulación peatonal. Así, el eje de la intervención de los proyectos se concentra en torno a los distritos designados por el gobierno municipal y, con mayor atención, el denominado Bulevar Midōjuri.
Además, existe actualmente un proyecto insignia en este aspecto que supone la movilización del Distrito Norte de la Estación Osaka: 24 hectáreas de terrenos de la playa de maniobras y cargas ferroviarias localizados en el centro del área metropolitana de Osaka-Kobe-Kioto, el último predio de ubicación privilegiada en el corazón de Osaka y que se espera catalice un proceso de regeneración urbana.
A tal fin, se constituyó la Comisión de Planeamiento y Promoción del Distrito Norte de la Estación de Osaka, la cual, luego de un proceso de estudio y llamado a concurso internacional de ideas, formuló, a través de un Comité de Planeamiento Urbano, el Plan Básico del Distrito Norte en 2004.
La finalidad del proyecto será la construcción de un centro urbano que buscará asentar en el distrito de Kita-Umeda a gran parte de las oficinas con actividades intelectuales y creativas (agrupadas como Capital del Conocimiento) de las industrias más representativas de la región. Para mantener la vitalidad y atractivo de la propuesta, se propone solventar la renovación constante de las funciones urbanas.
Otro sector en desarrollo para destacar es el del distrito Abeno, para el cual el gobierno preparó un plan urbano que resalta la amalgama de equipamiento comercial y complejos de viviendas, junto con el emplazamiento de establecimientos de la salud sobre la base de la cooperación industria-universidad. En relación con la regulación del espacio público, en Osaka se destacan los Jardines del Castillo, junto con numerosos parques y templos, que constituyen elementos históricos estructuradores de la trama urbana.
En 1991 la ciudad adoptó el denominado Plan Ambiental de Osaka que proponía contribuir a la solución de los problemas ambientales de la ciudad por medio de la concientización de los mismos y atender los problemas de disposición de residuos. Además, el plan propone el embellecimiento por medio de los espacios verdes y los frentes de cursos de agua, por un lado, y la armonización de las infraestructuras urbanas -tales como calles, ferrocarriles, sistemas de drenaje, cloacas, e incineradores- con el ambiente.
Un aspecto relevante de este plan es el redesarrollo de los frentes a los cursos de agua a lo largo de la ciudad con el fin de restaurar su impronta original de urbe asociada al agua. Bajo el rótulo Osaka Metrópolis Acuática, el plan de la ciudad promociona el transporte fluvial y crea un corredor acuático único, con el fin de desarrollarlo para la actividad turística y como punto de reunión de actividades.
Con el fin de cualificar sectores emblemáticos de la ciudad en consonancia con los incentivos del programa de Renacimiento Urbano, se lleva adelante la dotación de grandes espacios verdes públicos a la isla de Nakanoshima, próxima al área central y situada en el río Okawa, haciéndola jugar con la presencia del agua.
Se busca así potenciar el redesarrollo urbano del sector para oficinas de alto nivel, equipamiento comercial y cultural, y viviendas exclusivas, dotándola de jerarquía internacional. Además, el gobierno busca atraer visitantes a la mismas plasmando un programa de recorridos peatonales por la isla.
La ciudad de Osaka descansa fundamentalmente sobre tres íconos representativos de su historia, a partir de los cuales se constituyó la ciudad: el puerto, el castillo y los 872 puentes que cruzan sus canales. Estos emblemas nos remiten a otros elementos estructuradores del escenario urbano: los canales de agua y las líneas férreas que la atraviesan y vinculan
cada rincón de la urbe.
La importancia de los puentes en la conformación del escenario urbano de esta ciudad es tal que muchos de los puentes fueron construidos con nombres específicos, y las áreas en torno a los mismos adquirieron tales nombres por referencia traslativa. El patrón urbano sigue el modelo tradicional japonés de los barrios de casas bajas, contenidas en un tejido edilicio denso, situación que se extiende a los suburbios estructurados a lo largo del siglo XX en torno a las estaciones ferroviarias, cofundadoras de los primitivos núcleos por la venta de predios en su derredor.
No obstante, la combinación de la baja natalidad y de la sustancial mejora de la expectativa de vida devino en progresivos envejecimiento y disminución de la población. De continuar este cuadro de situación, Osaka-Kobe-Kioto podría transformarse en la primera megalópolis mundial en conocer el fenómeno de declinación poblacional, frente a lo cual el gran desafío será empezar a planificar ciudades que se “encogen”.
© Guillermo Tella & Martín MuñózEn: Tella, Guillermo y Muñoz, Martín. (2013), “Miradas sobre Osaka: Propuestas de regeneración del territorio”. Santiago (Chile): Revista Digital Plataforma Urbana (abril 03).